domingo, 24 de janeiro de 2010

10 Fatos que marcaram a década


 Os anos 2000 começaram tragicamente em 2001, no dia 11 de setembro. O terrorismo islâmico do grupo Al-Qaeda levou a guerra do Oriente Médio para dentro dos Estados Unidos. As Torres Gêmeas de Manhattan, postal do capitalismo americano, foram destruídas por dois aviões sequestrados por suicidas islâmicos num momento de elevada ocupação dos escritórios. Morreram 3.000 pessoas. Bin Laden fez história e, ao mesmo tempo fez selvageria em proporções antes impensáveis. Escreveu um novo capítulo na crônica do terrorismo e deu um significado macabro à palavra “fanatismo”.









 Outro fato devastador foi a Tsunami, que se incorporou sinistramente ao vocabulário global em dezembro de 2004, quando um terremoto no Oceano Índico desencadeou ondas letais de até 17 metros que pareciam saídas de um filme de terror ao avançar sobre as pessoas e as construções a uma velocidade de mais de 500 km por hora. As ondas atingiam milhares e milhares de quilômetros. Todos os países banhados pelo Índico sofreram barbaramente. Num primeiro momento, imaginava-se que fossem 11.000 as vítimas, o que já seria um número amargo. Posteriormente, a contagem chegaria a 230.000. Tsunami (Onda Grande, em japonês) virou sinônimo de destruição em alta escala, e não apenas em episódios ligados a acidentes da natureza. Um vídeo aqui recaptura as imagens desoladoras.



 O lançamento da Wikipedia, em 2001, mudou a maneira como as pessoas se informam e pesquisam, e foi uma etapa fundamental na Revolução Digital. Vista com reserva no início, a Wikipedia foi ganhando conteúdo cada vez melhor e mais abrangente e venceu os preconceitos com os quais as inovações costumam deparar. Não demorou muito para a Wikipedia fazer as enciclopédias de papel parecerem carruagens. 













 A quebra do mitológico banco Lehman Brothers, em setembro de 2008, provocou um tsunami financeiro e econômico em escala global. Bancos sobre bancos foram caindo pelo mundo, o que obrigou muitos governos a fazerem operações bilionárias de socorro para evitar o colapso da economia. Desde os anos 30 não se via uma crise econômica tão grande.















 A Olimpíada da China em 2008 mostrou ao mundo a pujança da nova superpotência. Com sua receita esquisita de ditadura política e liberdade econômica, a China cresceu num ritmo avassalador, queimou etapas e hoje pertence à elite da elite planetária. Um editorial recente de um jornal chinês, o Global Times, disse que a China é como alguém que chega a uma festa da elite em curso e é olhado com “curiosidade, interesse e suspeita“. Faltou dizer: com muito respeito e o mesmo tanto de receio. 











 A reunião de Copenhaguem neste final de ano, a Cop 15, é um marco na luta pela preservação da terra. Houve fatos pitorescos, como o sol sob baixíssima temperatura tomado com trajes de banho por ativistas no centro da cidade e a peça pregada pela duplaYes Men, que divulgou surpreendentes reduções drásticas de emissão de gás do Canadá como se se tratasse de uma decisão oficial, e não uma armação feita para causar risos e celeuma. Mas, acima de tudo, se estabeleceu um consenso e uma agenda em torno da idéia de que medidas sérias têm que ser adotadas imediatamente em nome do planeta e das futuras gerações. 









 A eleição de Barack Obama é um marco na década. O primeiro presidente negro num país em que há não tanto tempo assim os banheiros eram separados entre raças é um fato, em si, extraordinário. Obama chegou debaixo de expectativas imensas, e era previsível que seu prestígio sofresse alguma corrosão com o passar dos dias. Tratado apoteoticamente para onde quer que viaje, Obama é o primeiro superstar da política na Era Global. 













 A morte de Michael Jackson em 2009, às vésperas de iniciar uma turnê de retorno em Londres, ficará como uma ácida lembrança do preço que os excessos no showbizz cobram de quem se recusa a aceitar que o tempo passa. O Rei do Pop se preparou para os espetáculos como se fosse um quase adolescente, como os dançarinos que o acompanhariam, e não um cinquentão com a coluna desgastada e encrencada. Michael Jackson ensaiava extenuantemente, como se pôde ver no filme póstumo. Analgésicos cavalares poderiam matá-lo. E mataram. 











 O lançamento do IPod, em outubro de 2001, anunciou a década da Apple. O IPod mudou a forma como a sociedade se engaja com a música e o entretenimento. A crítica o recebeu, como de hábito, com reserva, sobretudo por causa do preço, mas os consumidores se apaixonaram imediatamente pela cria de Steven Jobs, o gênio da Apple. São raros os produtos que tornam o mundo claramente melhor. O IPod é um deles.













10º A consolidação do Grupo dos 20, o G-20, que reúne as 20 maiores economias do mundo, é um reconhecimento de que a administração dos assuntos de interesse global agora tem que ser compartilhada, e não mais ser tratada como um monopólio dos suspeitos de sempre. A China ingressou no clube, mas também o Brasil, sob o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, passou a ser mais ouvido do que jamais fora. O Brasil chega à segunda década do novo milênio na condição não mais de país de futuro. É, enfim, um país do presente. 






Fonte: http://dibobeirananet.blogspot.com/2010/01/1-os-anos-2000-comecaram-tragicamente.html

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